terça-feira, 29 de abril de 2014

segunda-feira, 28 de abril de 2014

28/04/2014

há um amor que me aquece e me cobra...
que me tornou melhor e que me ensina a caminhar
há um motivo maior que os meus...

por uma prece atendida
por um querer sem medidas
por um abraço da vida
em amor, em paz, em alegria


tem um sol no meu peito


quinta-feira, 24 de abril de 2014

respirando

respirar as pequenas e importantes alegrias do dia
é essa vida que quero nos meus pulmões...
quero o ar desse coração palpitante

quarta-feira, 23 de abril de 2014

às vezes o coração da gente pede calma
c'alma pra viver um pouco mais
há que se respeitar, o que pode ser um alerta
de quem entende muito melhor a vida

os pés que querem ir, onde mora o pensamento
as mãos que querem afagar o que a gente abraça no peito
e o coração de mais alguém que só quer sossego
não precisa saber de tudo que se perde ali dentro

às vezes atender um pedido, não é concordar
às vezes se pede tempo, mas quem é dono do tempo pra dar?
me ensinam prender o passo, guardar pensamentos
me provam nos meus próprios sentimentos

(...)

me cega a face
me ata a boca
me fecha mãos
me corre
presa
fácil
me atira
chão

(...)

na trilha
venha!
onde estava você
dentro de um abraço
a canção que faltava


quando o mar bate no peito

engolindo choro

alguns dizem que tristeza e dor fortalece...
sei do quanto é que se perde
cada soluço...leva um pedaço
"mas precisas ser forte"
"você é forte!"
à força se arranca mais pedaços
e tudo acaba...
sei de gente que vive aos pedaços
sei de gente que só vive,
porque a memória é o pedaço
mais largo e comprido
que não se dá por vencido,
que não se perde no caminho
e se faltasse a da razão
haveria a dos sentidos




dos sonhos que tive

"não ligue se acaso eu chorar"

a noite passou por mim, serenando a vida...
mostrando que não sei sonhar, nem dormir...
disse-me que a realidade nem existe
para quem não sabe acordar

não ligue. eu vou chorar.
gravidade e a perda dos sentidos...

inúmeras vezes, estende-se as mãos e o olhos...
poucas vezes "colhe-se" abrigo
raramente um olhar cheio...


os olhos caem e se veem perdidos (quando há chão)
quando a gravidade é o exagero da vida
a abundancia do sentir, que dá vida, como folha em árvore...


quando se tem olhos e não se pode ver...
quando se tem mãos e a pele intacta de você
quando a boca fala longe do ouvido


os pensamentos voam, mas não levam o calor
do beijo, do abraço...
quando não há despedida, mas se vão pra nunca mais


e a dor no coração, corta feito lamina afiada...
em câmera lenta... perde-se a vida
a gravidade é a perda dos sentidos


terça-feira, 22 de abril de 2014

só entendo algumas coisas quando sinto

como hoje, esse frio...

no inverno é assim: dedos e lábios roxos. Acho que meu coração não bate(pulsa) no frio ele treme...

como hoje, nesse frio...

claro que podem pensar no meu exagero...

que posso fazer, é bom pensar...

o meu pensamento ficou congelado: no mesmo lugar, na mesma Palavra.

a Palavra muda

a Palavra Muda!

mas parecia que tinha um sol...

eu acho que senti seu calor...

mas veio um vento traiçoeiro, sem aviso...

me fez fechar a porta e a janela...

vou esperar o sol invadir-me por alguma fresta...




22-04-2014


(...)Eu sem você não vivo

Um dia triste
Toda fragilidade incide
E o pensamento lá em você

(...)Eu sem você não vivo

Longe da felicidade e todas as suas luzes

(...)Eu sem você não vivo

Te desejo como ao ar/Mais que tudo/
És manhã na natureza das flores
(...)Eu sem você não vivo

Não te esquecerei um dia/Nem um dia
Espero com a força do pensamento
Recriar a luz que me trará você
(...)Eu sem você não vivo

às vezes a gente nem se dá conta do tamanho da vida...


recebo muitos "nãos"... mas cotidianamente tento oferecer um Sim maior...
um sim que chega (e vai )até sem ser pronunciado...
sinto um pouco da tristeza do Não...
mas dali a pouco vem esse Sim no peito e o enche de esperança e afeto...
o sol reforça esse sim
e num cantinho do peito faz reserva de amor para me alimentar nas secas...
mas eu não o guardo pra mim... o amor é o alimento que quanto mais oferecemos mais ele nos dá.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

onde não cabe mais palavras e as reticências são infinitas...
lá eu deito uma saudade... e o sonho me faz pertencer...

sexta-feira, 11 de abril de 2014

*


*

Esse cheiro que vem lá do jardim
não me põe na cena (nem flor, nem espinho)
é só uma saudade que ensina
onde não estou e onde não estarás

*recolhendo as folhas



E ainda é preciso dizer “te amo”... E é preciso mostrar um peito...(despido do medo)...E ainda preciso cantar que estou aqui. Que és em mim. E que o amor não é satisfeito, seja como for...É estranho esse jeito menino-grão de amor que vive a brotar, nos segundos e nos detalhes de tanto querer. As folhas secam e caem. E ele, a renovar-se, desesperadamente, para não se perder de viver... Enfrentando tempestades.




(rose rocha-recolhendo as folhas)

quinta-feira, 10 de abril de 2014

essa coisa de aceitar
um olhar de reprovação
ou a falta de qualquer que fosse o olhar
esse jeito "coisa" de ser, não é!
e viver se amontoando num canto qualquer
não esconde você do retrato (...)
esse jeito atropelado do tempo da gente
de "correr para chegar a lugar nenhum",
já não disfarça o querer...
e não é assim uma "coisa que dá e passa"
o querer é... e no sentido todo ele é!
e no pensamento e no peito, és!
(quando já não importa se depois de um tempo,
você  for comparado ao tapete da sala,
ao vaso de flor, as cortinas, ao quadro na parede...,
ou ao que não está na casa)
essa coisa de ser objeto de decoração
não é e nunca será de.coração.

antes que seja tarde

quando eu desligo o telefone(que me desperta)
só penso em voltar a dormir meu sonho
acordá-lo às vezes não funciona nessa realidade
quando ela não tem braços...não os recebe bem.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

acabou o choro
uma constatação.
assim, seca mesmo.
talvez fosse mesmo o momento certo.
engolir o choro. engolir-se.
não há sensações a traduzir.
acabou.
naquela hora, não havia entendimento...
e não faltou sentimento, entrega e reflexão.
a palavra não se fez liquida. não se foi também como incenso a subir e a se dissipar no ar...
mas houve um congestionamento interior...
sem desenhar as emoções...
não havia necessidade ou compromisso algum nisso.
acabou o choro.
e
como fruta madura, da vez, de cair...sem ser apanhada...
que vai passar do ponto... o vento soprou a folha. a folha cobriu a fruta.
e
não valeu a semente, nem a flor...


terça-feira, 8 de abril de 2014


quando não entendo essas coisas de "merecimentos"
escolho abrir os olhos para ver as belezas...
se meus ouvidos me deixassem escutar todos os sons e ruídos que ele ouve
talvez houvesse mais motivos para aborrecimentos...
mas sou grata pelo que posso ouvir e escutar
vejo muita coisa sem querer... mas as que escolho ver é porque quero e me é permitido
e isso me deixa cheia de gratidão...
e eu nem sei se mereço, porque às vezes não entendo isso de "merecimentos"
algumas vezes penso ter privilégios, mas não é que isso me torna melhor que você... é só um jeito meu de olhar, de achar que sou especial (mas você também pode ser)
não sei se há mais amor em mim ou nas "coisas" que vejo... porque o amor é algo que transborda (não cabe em si) então se eu vejo não é só porque sinto amor... é porque ele de fato existe, e pode estar aí contigo...
tem nós que não sei desatar... sei que o amor faz isso!
então tenho buscado viver no amor
não sinto, às vezes, que é fácil... mas não é culpa do amor
que não exige nada...
quem exige é a vida... ela quer receptividade, para se sustentar na alegria.



to be

quinta-feira, 3 de abril de 2014

por garantia...

chegas antes todo dia
no pensamento e na poesia
só por garantia
vou fechar os olhos, cruzar os dedos
e acreditar...
só por garantia
vou abrir os olhos
mas segurar nos sonhos
só por garantia
de mãos postas
farei uma prece
pelo amor
de todo dia