terça-feira, 11 de agosto de 2015

Onde estão seus olhos de admiração
Onde os manda passear seu coração?
É sábio calar-se!
Mesmo quando se aprende a falar com o coração
Tira-se a venda dos olhos...
Desfaz a mordaça... as amarras...
para depois voltar-se para dentro
donde não se deve mais sair
Onde ando eu, que não contigo?
Onde está minha prece?
Para onde a oração?


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

tempo

essa reserva de amor, de olhos e olhares...
às relações de amizade...intenções de respeito.
balbuciam palavras de sentimento arredio
que foge do peito a procura de alguém!?
não... do tempo
a indiferença só difere a gente

C'alma

a palavra tem o tempo de semente...
eu que não sei abraçar esperas...
mas a semente cumpre seu destino quando morre
o Verbo também morreu... e assim cumpriu...
há esse tempo de aceitação do ser
para se transformar
e deixar de ser
é morrer

terça-feira, 4 de agosto de 2015

rude

a pedra que deixei no caminho
a flor e o espinho
o vento, a chuva
um vazio
o nó na garganta
e a dor no peito
a gaiola
as penas
o canto contido
o olhar, a distância
o vago
o tempo
a dor
o amor
que falta