terça-feira, 27 de maio de 2014

para alguém que sofre


quanto as dores do mundo se aproximam demais do coração da gente...
e faz nozinhos no peito da gente... e a gente lembra deles a cada respirada mais profunda...
a gente respira mais consciente da vida... e pensa com carinho maior nas pessoas queridas, num momento de dor...
quando as dores do nosso pequeno circulo vazam... a gente faz o que pode para se abraçar e não deixar que aumentem... não podemos permitir que elas se agigantem... porque gigante deve ser o amor, o carinho... e é assim que vamos cuidar dos nossos queridos, seja com nossa presença física(de preferencia) ou em pensamentos positivos, em orações de esperança que sintonizam nosso amor ao amor de Deus; com nosso ombro amigo, com nossos ouvidos e olhos disponíveis, pacientes... com a mudez da língua, mas nunca, jamais com a mudez de um coração...
no pensamento aqui, me falam de fragilidades, de duvidas... mas lembram das superações e que cada um pode "com a força que tem" restaurar-se ... a medida da sua necessidade, com o apoio permanente Daquele que nos deu a vida...

quarta-feira, 21 de maio de 2014

sobre "quando nem se quer o amor..."

há qualquer coisa que acontece lá dentro
onde já não é pensamento ou juízo perfeito
há qualquer coisa desfeita...se amarrando
e dando nós...de um jeito difícil de desatar
há um canto perdido...onde escondes o olhar
há um grave abandono...
um esquecimento...
quase uma indiferença
há uma prece contornando os lábios
antes no peito, no coração...
e há uma saudade desenhando sonhos
...incontáveis esperas...
desalinhando horizontes
há um vento desatento
que vai... sem nunca chegar



(uma força... que abra os olhos e o peito à procura de luz e proteção. que escancare uma liberdade de amor que aplaque as dores, as falhas... que permita a aceitação das gotas que suprem sua necessidade vital, de um jeito "quase" generoso... não fosse a distância entre essa compreensão e a fome dos sentidos...)

segunda-feira, 12 de maio de 2014

silencioso pranto


╭✿ havia um eco de um desamor...
era um desses momentos egoístas que "dão de ombros" para corações que machucam outros, que, silenciosamente choram e se esforçam para desenhar um sorriso no rosto, pelo amor que ainda os abraça...
sabe, fico muito triste às vezes, com as pessoas que se fecham num abandono inventado... pois, se afastam... e das suas carências há sempre um inocente sendo culpado...
"dos que realmente...verdadeiramente..." sabem amar!? reunir!?
havia um eco de um desamor criado, cultuado... e passado para próxima geração...

" a boca fala daquilo que o coração está cheio"

se cheio de mágoa (verdadeira, injusta, inventada) todo "carinho" que se tenta fazer, pode arranhar...
a mágoa, traz a nódoa de um tempo de dor que ainda não passou...
não passará, se não abrir o peito à cura... que só possível pelo amor...

se perde a vida no desprezo...na indiferença... na mudez do abraço (que só alimenta um tal abandono)
e aumenta as distâncias...

há em nós uma pequena diferença: meu alimento é o amor...  e se abro as janelas à luz (do dia e/ou da noite) é porque escolho o caminho iluminado... não pretendo morrer, sem ter amado na vida, e a graça da vida é viver no amor....

quinta-feira, 8 de maio de 2014

há um contentamento ainda não totalmente satisfeito...
um amor quer abraçar uma vida
uma vida pulsante, quer conhecer, experimentar...

há caminhos de via unica.... se fores, podes voltar, mas não pelo mesmo caminho...
tem dias, que a gente precisa desenhar um sorriso nos olhos... para que os próprios olhos aprendam a certificarem a alegria... a ponderar o medo das coisas...da vida....da morte....do sim... do não


quarta-feira, 7 de maio de 2014

sobre palavras que enfeitam

quero estar dentro de um abraço... e quero ouvir histórias e canções enquanto fito a vida mais de perto...

sempre tem tanta coisa acontecendo que às vezes esqueço meu pensamento em você... só para dizer, que em meio a tanta coisa que acontece tem sempre aquela que mais importa acontecendo dentro da gente...

claro, o que acontece fora pode interferir e permitir ou não que a gente se demore lá no pensamento...

e pode ser que exatamente o que se vê lá fora é o que sustenta nosso pensamento em algo diferente ou que pode ser a chave da mudança...

tenho lido amigos... todos trazem para fora de si algo relacionado ao tempo (o que foi e o que falta e também refletem sobre o agora); todos de alguma forma me tocam, mexem com o que sou, quando me trazem seu ponto de vista... muitos me mostram o que não fazer, o que não dizer... todos me ensinam viver

hoje, não tenho muito pra falar... ando querendo saborear as palavras... algumas palavras são como alimentos (do corpo, do coração...) sentidas na alma , com calma... é na alma mesmo rsrs.... do nosso jeito de experimentar a vida da gente, a vida sob o olhar do outro... as vezes olhares e bocas eufóricas...., um jeito de experimentar o mundo... nossas relações com o mundo permite a partilha de sentimentos...e ajudam  a nos conhecer muito melhor. Conhecer o outro acaba revelando, desnudando o nosso olhar verdadeiro para o que somos.

eu sou o que sinto. hoje eu uso essa palavra. sei que os sentires às vezes nos provocam. e assim a vida vai acontecendo nos detalhes do dia de hoje. o dia de hoje tem trilha sonora. e eu quero ouvir. que a canção que faltava ontem, embale a alegria do hoje, me traga paz, carinho...e que todos possam ter uma canção como um abraço...