Afasta-te de mim...
por um breve momento
como numa despedida
com hora marcada pra nunca mais
não ouço sinos, só alarmes!
pensa num instante de musica e ar
quase a mesma coisa
quando se está a contemplar
há brechas... mas, muitos cadeados...
não sou avessa dos segredos
olho-os de frente e de "banda"
com olhos de surpresa e espanto (às vezes)
quarta-feira, 26 de março de 2014
terça-feira, 25 de março de 2014
segunda-feira, 17 de março de 2014
descalço
refiz o caminho...
tem estradas que o melhor é não trilhar...
há ruas de confusão, setas pra todo lugar e indicação de esconderijos...
não preciso dessas passagens...travessas feitas para se perderem,
só servem para confundir e aumentar as distâncias...
desenharam suas pegadas (para pisar)
muitas em sentidos duplicados
minha sorte é não caminhar seus passos
descalço...
mas a proteção é para os pés
não há escudo para o peito
e às vezes parece que as pessoas trocam o coração pelos pés
e saem pisando tudo pela frente, se magoando...
depois que veem que ao invés de pegadas, o que deixaram
foram pedaços do coração...
um coração bem machucado
encorajado a dizer não
tem estradas que o melhor é não trilhar...
há ruas de confusão, setas pra todo lugar e indicação de esconderijos...
não preciso dessas passagens...travessas feitas para se perderem,
só servem para confundir e aumentar as distâncias...
desenharam suas pegadas (para pisar)
muitas em sentidos duplicados
minha sorte é não caminhar seus passos
descalço...
mas a proteção é para os pés
não há escudo para o peito
e às vezes parece que as pessoas trocam o coração pelos pés
e saem pisando tudo pela frente, se magoando...
depois que veem que ao invés de pegadas, o que deixaram
foram pedaços do coração...
um coração bem machucado
encorajado a dizer não
sexta-feira, 14 de março de 2014
e era o dia da poesia...
havia um relicário... era ali, protegido da poeira, das interpéries...
guardado na altura dos olhos, do peito, das mãos... para que se permitisse a retidão do cuidado... sempre ao alcance...
há um poema escrito no peito...
às vezes necessito fazer essa leitura... e aí, só abrindo o peito
algumas vezes isso é feito à força e dói um pouco...
tem poemas que foram feitos para guardar!
guardado na altura dos olhos, do peito, das mãos... para que se permitisse a retidão do cuidado... sempre ao alcance...
há um poema escrito no peito...
às vezes necessito fazer essa leitura... e aí, só abrindo o peito
algumas vezes isso é feito à força e dói um pouco...
tem poemas que foram feitos para guardar!
quinta-feira, 13 de março de 2014
só penso o que sinto
só sei da estação... quando chega na pele, no peito, nos olhos...
não vou adiantar os ponteiros...
há uma pressa de não chegar (a tempo)
meu pulso, vazio, só há ecos do peito... mais nada
mas, tem horas... essas horas que empoeiram nos olhos
quando há um atraso habitual de um carinho, de um abraço que não chega...
quando penso... é o que sinto!
às vezes sinto falta
não vou adiantar os ponteiros...
há uma pressa de não chegar (a tempo)
meu pulso, vazio, só há ecos do peito... mais nada
mas, tem horas... essas horas que empoeiram nos olhos
quando há um atraso habitual de um carinho, de um abraço que não chega...
quando penso... é o que sinto!
às vezes sinto falta
terça-feira, 11 de março de 2014
...
sim...
talvez merecesse os olhos...
e assim, essa distância das coisas do mundo não fosse tão grande e tão curta (à primeira vista)...
mas há sempre um degrau ou um abismo... talvez tivesse os olhos... e abertos, se encantaria com o horizonte. há um horizonte. há o sol do dia e o do peito...("quarando os sentimentos na pele")
para cada dia que nasce, um que morre? uma ótica que se apropria de morte e de dor... mas às vezes é só de uma saudade... uma saudade é como uma semente... a semente que morre para nascer...
talvez merecesse o dia... nascido do ontem... do sonho querido...bordado em certezas de vida e de amor...
talvez merecesse a voz\... e a voz do peito, que ainda fala... não há mudez de sentidos, nem de dia, nem de noite... ao meio dia, brilha intensa uma luz que irradia alegria, hora de aplacar tantas fomes...
talvez tenha o que mereça...
para questão de ótica-(talvez precise de horizontes mais que de olhos)
talvez merecesse os olhos...
e assim, essa distância das coisas do mundo não fosse tão grande e tão curta (à primeira vista)...
mas há sempre um degrau ou um abismo... talvez tivesse os olhos... e abertos, se encantaria com o horizonte. há um horizonte. há o sol do dia e o do peito...("quarando os sentimentos na pele")
para cada dia que nasce, um que morre? uma ótica que se apropria de morte e de dor... mas às vezes é só de uma saudade... uma saudade é como uma semente... a semente que morre para nascer...
talvez merecesse o dia... nascido do ontem... do sonho querido...bordado em certezas de vida e de amor...
talvez merecesse a voz\... e a voz do peito, que ainda fala... não há mudez de sentidos, nem de dia, nem de noite... ao meio dia, brilha intensa uma luz que irradia alegria, hora de aplacar tantas fomes...
talvez tenha o que mereça...
para questão de ótica-(talvez precise de horizontes mais que de olhos)
segunda-feira, 10 de março de 2014
para além dos olhos...
acomodar as emoções no peito não é tarefa fácil
ama.dores, constantemente podem ser pegos em um desequilíbrio ou outro...
para ver melhor é preciso olhar de.novo...
a pedra sou eu. "apenas uma pedra". não me amontoe mais.... me deixa rolar....igual aquela que rola para o precipício(mesmo sem sabê-lo). talvez não se quebraria, se caísse no rio... ou se caísse sempre, sem sentir, sem ter pouso...essa pedra que vai rolar... devagarinho...para não atingir e nem arrastar coisa alguma...não guarde mais essa pedra... não precisas dela, na sua construção...é pedra porosa que por ora vaza...(igual peneira)
sempre quis ser folha. que cai no tempo certo... que vai, ao sabor do vento... que enfeita... que insinua delicadezas...que fica, sem pertencer... que pertence, mesmo não estando lá... que se deixa transformar...
vês a folha? frente e verso? vês as marcas? as digitais? há sinais para além dos olhos...
ama.dores, constantemente podem ser pegos em um desequilíbrio ou outro...
para ver melhor é preciso olhar de.novo...
a pedra sou eu. "apenas uma pedra". não me amontoe mais.... me deixa rolar....igual aquela que rola para o precipício(mesmo sem sabê-lo). talvez não se quebraria, se caísse no rio... ou se caísse sempre, sem sentir, sem ter pouso...essa pedra que vai rolar... devagarinho...para não atingir e nem arrastar coisa alguma...não guarde mais essa pedra... não precisas dela, na sua construção...é pedra porosa que por ora vaza...(igual peneira)
sempre quis ser folha. que cai no tempo certo... que vai, ao sabor do vento... que enfeita... que insinua delicadezas...que fica, sem pertencer... que pertence, mesmo não estando lá... que se deixa transformar...
vês a folha? frente e verso? vês as marcas? as digitais? há sinais para além dos olhos...
quinta-feira, 6 de março de 2014
só um desespero
para impressionar a alegria...
há um desafio nessa gestação de silêncio...
há um grito: desabite!
inóspitas paredes... concretas fibras
onde? palavras espetaculares sendo encobertas
naquele contorno... plasticamente moldado
para doer!
há um desafio nessa gestação de silêncio...
há um grito: desabite!
inóspitas paredes... concretas fibras
onde? palavras espetaculares sendo encobertas
naquele contorno... plasticamente moldado
para doer!
assalto...
ao pensamento
uma saudade quando vem, traz uma parte escondida no coração da gente...
e o coração fica tentando acomodar as memórias nos sentidos urgentes... nos impulsos cortantes que a saudade carrega... na verdade, uma informação ela transfere ao coração... e ele se perde para encontrar motivos de ter se esquecido por algum tempo do que o trouxe até aqui...
uma saudade quando vem, traz uma parte escondida no coração da gente...
e o coração fica tentando acomodar as memórias nos sentidos urgentes... nos impulsos cortantes que a saudade carrega... na verdade, uma informação ela transfere ao coração... e ele se perde para encontrar motivos de ter se esquecido por algum tempo do que o trouxe até aqui...
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