sexta-feira, 9 de junho de 2017

Nas horas vagas



Ensaiou despedidas, não antes de rasgar o verbo, desfiar as fibras, moer os olhos...

Não vai a lugar algum sem suas dúvidas e certezas...

Nesse tempo de olhar pra si mesmo, há muita sede... a busca não cessa.

Nas horas vagas, algum silêncio acalma as dores... Mas é a musica que quer curar

E a palavra se debulha em sentimentos controversos, às vezes imprecisos, querendo fazer valer cada sentido... ter sentido.

Há vida aqui e ali... é só olhar e ver.

Há misérias maiores... Ainda há fome.

Muito há que se fazer pelo outro e para si

Pobres quereres, sempre maiores que a real necessidade...

Nas horas vagas meço força com meu Eu de dentro

Descubro-me... Olho nesse espelho real... Ficam expostas todas as fragilidades

O Presente é uma urgência diária! Uma corrida sempre pra fora... fora demais

Apesar de sentir que fora demais é o futuro-um horizonte inalcançável - logo ali, tão perto... contraditório... não sei bem.

Sei que sonho ... e a incerteza é um véu que muda a cor do dia e da noite

Carrego na retina...minhas fotografias mais queridas...

São os desenhos que faço da vida que me cercou um dia...

Sei de cor cada traço, se soubesses... mas a mão nunca é livre para os contornos do peito... talvez a mão firma o lápis, que desenhou aqui tanta beleza...que fez a nota musical durar mais tempo na minha trilha...

O que me apavora ainda são as despedidas que a vida me dá...

Sei que há tempo para tudo nesse mundo de viver...

Sei que fazem rondas na dor da gente...

Se... decidir muda tudo, se... muda a gente

Seja a prece, verdadeira!

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