segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Presente de alegria

Que o olhar se demore no que acalma e dá coragem.
Ótimo fim de ano!

A prece

... e assim segue em frente... olhando para um céu que muda ao sabor do vento e dos sonhos...

... a prece é sempre a mesma!

... do amor!


sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Indignação indigna

inação de sempre...




Indignação indigna

na inação de sempre...

nesse caráter vacilante que veste algumas "pessoas de bem"...

e a tela é seu mundo... o mundo inteiro e a sua casa!

e o dedo no teclado é a língua com potencial avassalador


"A nossa indignação

É uma mosca sem asas

Não ultrapassa as janelas

De nossas casas"

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

ainda sou dentro de mim

esvaziar-se

penso nesse processo... mas não sou feita de gavetas, embora veja alguma reflexão nisso...

não tem jeito... mesmo que num processo lento... a gente acaba indo lá para dentro da gente
e se dá conta de tantos nós que precisa desatar... e nessa época em que as famílias decidem pensar, olhar...sentir mais a família, os que lhe são, ou foram em alguma época da vida, queridos... parece que se a gente não se esvazia, não se caberá de novo dentro da gente....
não adianta rasgar o peito agora... e de forma bruta jogar para fora tudo que ficou amontoado lá... ferindo os outros, não vai aliviar...

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

quietude



"Vez por outra, me recolho dos temporais... Encurto-me, faço-me pequeno...para caber dentro de mim." 

(Ari Mota)

Hortênsias azuis



Hortênsias azuis, para quando a vida é poema de amor...

um amor de urgência serena

que se desenha entrelaçado aos sonhos

enfeitados dos sorrisos mais abertos....

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

emoção articulada



Sei que canto. E a canção é tudo.

Tem sangue eterno a asa ritmada.

E um dia sei que estarei mudo:

— mais nada.






Cecília Meireles

buscas



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Ando à procura de espaço
para o desenho da vida.
Em números me embaraço
e perco sempre a medida.
Se penso encontrar saída,
em vez de abrir um compasso,
protejo-me num abraço
e gero uma despedida.

(Cecília Meireles)

terça-feira, 10 de novembro de 2015

memória

não há esquecimento
só silêncio


quase mudo é o silêncio
mas articula-se ali no horizonte
numa esperança, não que espere...
mas há um sonho que se aquece
todo dia, faça chuva ou faça sol
à luz da memória de todos os
sentidos



segunda-feira, 9 de novembro de 2015

nervos das pontas dos dedos

... todo o estudo e dedicação sendo testados agora... e na ponta dos dedos, um sonho...
que ainda sonho, tendo a chance de a cada dia fazer melhor e mais bonito...
não será maior, nem mais bonito, que o sentimento que o fez brotar e acontecer, na delicadeza, na inteireza de ser, como é ser, quem me ensina e dá coragem...
as mãos não obedecem ao pensamento que ordena: faz o que aprendeu!
era para mostrar a gratidão...



sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Inquietude

(...)
meu olhar hoje experimenta
vulneráveis paisagens
e se alimenta delas
como um pássaro, frágil
que hoje cala seu canto
parece rasgar seu olho
"soro do próprio choro"
como se não acreditasse
no que não podem lhe mostrar
e uma tristeza desacelera o coração
e o pensamento como que
a querer expulsá-la do peito,
desenha horizontes lilases
que amplifica as ansiedades
dos quereres
mas ainda há calma
nessa hora adiantada


(...) rose rocha-num dia de muitas nuvens
(2013-republicando)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

!

Minhas palavras, um sussurro - sua surdez, um grito! (Jethro Tull)

da escuta e da fala


falava do tempo... e  há muita espera nas horas ... e elas passam ... distraem-se com o vento na testa,
com o cheiro do café coado, com a prosa das maritacas.
falava do tempo que há para perder
pensava que fosse para estar junto a contemplar os cheiros das manhãs
a brisa e a chuva que cai a tarde...
emudecia...na boca a  língua; no peito a chama; nos olhos as preces; nas mãos as linhas e o tempo que foi... aos pés, caminhos!
a diante, um céu para chão da flor

LUZ E ESSÊNCIA


A vida por trás do mistério

Ávida para ser sentida

Em todas as camadas

No sol que queima a pele

No vento que desmancha o cabelo

No pequeno momento verdadeiro

No olho que brilha

E anuncia que há alma

Na hora mais calma

Tudo é agora

Sábia poetisa é a existência

Luz e essência

Do humano coração...


(Gustavo Adonias)
*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

um pouco de chão



sobre compor-se diante de tudo que te faz cair
sobre abrir os olhos e não conter... os sonhos, que escorrem, numa tentativa de adubar o chão
de talvez reanimar-se...
como se faz as contas das horas de valia... mesmo aquelas que fugiram de nosso tempo (?)
como permitir que te roubem o perfume, o brilho... o oxigênio (?)
como faz quando olha no espelho e o que se vê é muito estranho (?)


as coisas, o tempo...



























"...que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós."

(Manoel de Barros)



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

terça-feira, 13 de outubro de 2015

à míngua





tenho conversado com a mudez das horas... em telas que colorem e agiganta o vazio... onde mora o medo... onde grita alguma dor, às vezes... tento ouvir a voz da consciência que esparrama realidade como enxurrada no meu parco horizonte...aos poucos abro os olhos, cada dia, na expectativa de alguma luz nas frestas dos pensamentos que se fazem novelos e nós... há dias que converso palavras mudas... quietas... porque dói dizer... à espera da cura

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

oferecimento



Conheço poucas pessoas é certo. Mas as que conheço penso que conheço bem.

"Mãos de Poemas" assim é você!

Todo o pensamento e o querer são poemas quando oferecidos por você.

(...) a razão que existe nem sempre cabe na emoção de algumas poucas palavras que ouso escrever. Então... fico apreciando na maioria das vezes em silêncio. Silêncio de palavras, não de sentimentos... porque ao ler-te a emoção nunca cala minha Amiga... Houve um tempo em que a emoção me motivava mais, confesso... desculpe... ando prisioneira de nós... pequena demais para os versos...talvez seja um daqueles tempos em que colhemos vazios, não sei bem... ainda não sei muita coisa... isso às vezes me angustia demais... fico a pensar os seus poemas dizem tanto do que eu poderia dizer... e o tempo passa... os sentidos gritam... mas você que tem boas mãos de poemas... sempre abertas, na doação e também na espera, entrega a vida com tanto sentimento e tanta beleza...

Continue a colorir a vida com o varal dos poemas (nossos sentimentos expostos na paisagem do mundo).

Força Sempre! No verso da vida, do amor! 

(para mãos de poemas-Maria)

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

quinta-feira, 24 de setembro de 2015



será que só se sabe usar os textos muito bem elaborados (na dor do outro) para atingir algum interesse daquela política que tem apodrecido os sentidos(as ideias, os direitos, a justiça...) que valoriza a preguiça que muitas vezes temos da vida!?

quando falava da indiferença.... e da cólera... o ser humano quando alguns te surpreendem para o bem (devia ser natural isso) te escandaliza para o mal para as piores expressões dos sentimentos... (porque sentimento é sentimento e a gente não controla o sentir e sim o que faremos a partir deles)

talvez eu me perca mesmo nessas palavras porque não sei pensar essa dor ... quando falava sobre aquele que não enxerga o outro, sua humanidade, sua semelhança e diferença... quando falava do que importa (importar: trazer ao coração, trazer para perto da gente, a realidade do outro... mas as vezes o nosso coração está distante demais, ou sempre de partida, que não nos permite abraçar a vida da forma que deveria ser...)

... quando se quer apenas viver...quando se pede apenas para olhar com humanidade a vida do outro, mesmo que não tenha a mínima importância para você, que usufruirá da energia (do conforto da energia)...

boa mesmo é a energia vital, será que ainda existe alguma energia vital dentro da gente!? -

Para minha amiga Maria


(...) enxergar "tudo" não é visão de futuro no sentido de adivinhação... e não é uma vacina para ficar imune a dores, a tristezas..., ao contrário potencializa ainda mais os sentires de si e do mundo... Quanto a enxergares a si mesma, sinceramente, penso que você se conhece perfeitamente...(e mais que isso se coloca na vida do outro, se vê na humanidade do outro, tanto é que seus sentidos são aflorados, acho bonito toda essa sensibilidade, mas é tanto bonita quanto dorida) mas é sempre se faz necessário a gente se revisitar... olhando-se melhor a partir dos sentimentos para se amar mais e sempre.



Suas reflexões, seus apontamentos, sempre tiram grades dos meus olhos e do meu coração... me ajudam a viver...por isso sou grata a Deus pelo dom da sua vida.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015


você me faz melhor
é como se escutasse o meu medo
e me abraçasse na urgência dessa minha ansiedade
e assim me desembrulhasse
no improviso do carinho
no silêncio de um beijo
que às vezes se dá nesse olhar
pequeno para mim
Floresça em nós humanidade


 que luz invada os corações
Que a beleza possa ser simples
que a liberdade seja viver

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Traurigkeit



Es gibt eine Verzweiflung, wenn ich kann daher die Schmerzen nicht optimieren, wäre ein halten
Ich bin für mich verlassen.
Vielleicht im Finale

Knoten

Was tun, wenn Drossel?
Wohin mit der verschwommene Sicht
Es ist ein Fluss, der in mir
hier verloren
keine Augen
achselzuckend zu einem Leben

verschlafen

Es gibt nichts zu befürchten
Das war vor langer Zeit
und nun, es gibt
innerhalb der Traum
Weise, dass die Wanderung macht

Ich bin müde

Alles ist der Stille artikuliert.
Jetzt gibt es eine Stummschaltung der Sinne
der Tod ist ein Wind kurze
gerade jetzt wo Flug
wo braucht keine Flügel


"Que nenhum gesto meu aperte o seu coração, intimide o seu riso, acorde o seu medo, machuque a sua espontaneidade."

[Ana Jácomo]

terça-feira, 15 de setembro de 2015

dias de luz acelerada nos olhos para mostrar minha cegueira contínua
dias escuros e ruidosos...não preciso esconder quando ninguém vê
falhas rotineiras para desagradar você
medo de ir embora...medo de não ver
tranquilidade é um silêncio faminto
ansiedade é um querer destemperado
minha calma é ainda viver
sei que é permitido chorar
em algum lugar
há um pouco de sol
e tempo para quarar
os sentimentos
as emoções
as dores
as urgências
dos outros
e as minhas

sexta-feira, 11 de setembro de 2015



[da trama das ausências]

a tua ausência 
teceu em mim 
um longo áspero bordado


de silêncios e pedras

(Por Nydia Bonetti)

terça-feira, 11 de agosto de 2015

Onde estão seus olhos de admiração
Onde os manda passear seu coração?
É sábio calar-se!
Mesmo quando se aprende a falar com o coração
Tira-se a venda dos olhos...
Desfaz a mordaça... as amarras...
para depois voltar-se para dentro
donde não se deve mais sair
Onde ando eu, que não contigo?
Onde está minha prece?
Para onde a oração?


quinta-feira, 6 de agosto de 2015

tempo

essa reserva de amor, de olhos e olhares...
às relações de amizade...intenções de respeito.
balbuciam palavras de sentimento arredio
que foge do peito a procura de alguém!?
não... do tempo
a indiferença só difere a gente

C'alma

a palavra tem o tempo de semente...
eu que não sei abraçar esperas...
mas a semente cumpre seu destino quando morre
o Verbo também morreu... e assim cumpriu...
há esse tempo de aceitação do ser
para se transformar
e deixar de ser
é morrer

terça-feira, 4 de agosto de 2015

rude

a pedra que deixei no caminho
a flor e o espinho
o vento, a chuva
um vazio
o nó na garganta
e a dor no peito
a gaiola
as penas
o canto contido
o olhar, a distância
o vago
o tempo
a dor
o amor
que falta


sexta-feira, 31 de julho de 2015

de imediato

o contato sem tato...
doses cavalares de sonhos bordando todos os quereres
colocar a vida para dormir dói, como toda morte...
para quem de presente tem a consciência dos sentidos
todos eles na memória...