pensando nos meus excessos
vem com a ansiedade das horas
prendem e sufocam sentidos
e meus gritos? se precisam de limites
nunca seriam gritos saídos
se doídos, se poéticos... são ruídos!
idos
todos vão_s
são espaços que percorro de imediato
impulsionados pelas urgências da hora
pelos quereres, pelas perguntas sem respostas
por todas as questões não formuladas
que querem se desenhar para se fazer entender
há em mim, tanto excesso de calma
tanto excesso de sonhos
tanto excesso de abraços
que não se calam com o cruzar dos braços
tanto excesso de palavras, que não há tempo
para compô-las, para vestí-las da poesia
doce... há uma ventania que quer invadir sua vida
meus excessos,
não me pertencem,
fecho os olhos e eles saltam
excessiva e exaustivamente
fraturando versos
coisificando memórias
por falta de zelo
e por não saber conter
em frascos: sentimentos, pensamentos, lágrimas
e por não saber falar ao vento
por não deixar que a poeira assente
sem fazer parte das saudades, das ausências...
excessos, que lapidam demais
ferem!
e ninguém tem mais tempo de cuidar das suas feridas...
e ninguém mais sabe olhar a dor e os outros
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