quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Inconsciência


trouxe uma vaga lembrança do que resta das coisas extintas da vez...
acabou de perder a memória do sexto sentido e se deixou no im_pulso cortado
há palavras inventadas à cores, mas já não tenho a visão...
um espaço onde caberia sutilezas o reticente é o abandono
e nunca mais é de surpresa... já fixou residência.
na pedra bruta do peito, tentam me lapidar, não sentem a mesma dor...
na ilusão do dia.mante, desgastam a vida dos outros...
apropriam-se indevidamente do que pensam ser um tesouro
não vêem pedra, mas tratam como se pedra fosse

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Breakaway

Queria que meu coração sentisse apenas a distância de um abraço
Assim saberia medir se o teu coração pulsa no meu ritmo...
em fios de pensamentos

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

um nó

às vezes me dou um nó, para desatar os laços frágeis...
fica um pouco frouxo, tenho dó de apertar, porque dói...
de vez em quando, embola tudo por dentro...
ah! não gosto de apertos, mas não tem jeito.
não sei enrolar as fibras no peito! daí enfeito...
e... às vezes me dou um nó, com tanto laço desfeito!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

o pó das gavetas

hoje mais uma vez, senti a dureza das palavras...

hoje se fazem lanças das palavras, como se apontassem lápis pra fazer a lição do dia...
dia de soprar o pó das gavetas do peito, sem jogar a poeira nos ventos...nos olhos alheios...


frestas que me levam

Abrir-se, não é um convite para o outro entrar! (quando muito, é só um sair de mim... ir e ir só)

quando a gente se abre quer que o outro se perceba parte do que amamos, do que importamos...
ele não precisa entrar, pois já está, já é parte...
às vezes abrir-se é como lançar um abraço no ar, sem abraçar...
talvez seja o convite, a permissão de acesso, para você adentrar...(como um lembrete)
mas não só. é dizer a você, que é tão importante, perceba que está dentro do meu coração
és parte de tudo que experimento no amor...na vida
não sei mais abrir caminhos, nem trilhas
nem quero mais cruzar caminhos
só sinto falta de um caminhar, lado a lado
esses caminhos que se cruzam, precisam de sinaleiros
e geralmente quem dá passagem sou eu, e você passa... e vai
sem contar que a pressa é rotineira...
o avanço ao sinal nunca é livre...
e tem gente atropelando sonhos
abrir os olhos dos outros é algo que não sei fazer
não dá pra transpor horizontes
hoje quero um oceano de paz
um horizonte de sonhos
um banho de luz
num sol de alegria



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012


O dia nasce e cresce uma vontade de comer o sol...
Meus olhos bebem o horizonte e as certezas findam lá...
Sinto o cheiro das folhas que o vento traz...
E sonho o doce das nuvens na boca dos meninos
Que cantam risos...

Ontem me perdi num olhar... ainda sinto o abraço de luz...
Não vejo pegadas; nem suas, nem minhas.
Paira um tempo de gostar
Enfeito-me de nuvens e o vento leva a ti meus pensamentos, e eu vou...
Já não quero voltar, é como estar nos braços da “paz”
numa calma que toca os vazios, que os tornam leves, simples, ternos e que não os deixam sós... como se o vazio fosse apenas ausência de palavras...
O dia dorme... o sonho desperto! E com ele passo a noite a caminhar

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Tempo perdido

um tempo feito pra perder... perder os olhos em você... perca-se no sol, mas saiba que também tens seu brilho; perca-se no céu, mas vá além dos seus limites... se for encontrar, que seja o amor, a amizade, que seja pra encontrar você na alegria de viver...