quinta-feira, 12 de abril de 2012

sobre dor

quando o ar invade meus poros e narinas penso que me mantém viva
às vezes sinto como se essa invasão me roubasse de mim...
os sentimentos agora estão atrevidamente desordenados
não que eu conseguisse organizá-los em mim
me dão a impressão que sabem exatamente o ponto certo ou a ponta do nó a puxar...
me descubro(fratura exposta) em vão me esconder, mas, fingir que o sentimento não existe o destaca ainda mais
parece que todos os poros transpiram-no para dentro e para fora de mim
como, na fragilidade particular que a dor se veste, garantir sustento às palavras de bem querer, de força, de esperança; ao olhar, que aflito, ao coração, encharcado; como dizer calma c'alma suspensa e pesada na agonia que de súbito dá-me rasteiras...?

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