quarta-feira, 18 de abril de 2012

"nem pão... nem migalhas"

um pouco de calma
numa pausa para olhar
e é fácil perceber o desperdício das forças
se frágil me vês
capaz de me amar
à luz de velas
num canto qualquer
da tela
coisas possíveis intactas
busco mais a mim que a você
não sei mais fazer escolhas
só deixo a vida ir...
me arranca o suspiro
o mesmo ar que respiro
invasão dos sentidos
poros abertos que não cicatrizam
abrir caminhos que não me levam - eis o que faço!
a vida segue! e eu páro para observar ausências de mim...

Há uma urgência que traz o meu peito...
Já não sei se a deixo falar
Se abro as janelas
A brisa me leva
Sou nuvem cinza
nublando o mundo
chovendo no mar

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