quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

tenho o desafio de "quase" escrever o livro da minha vida...
fui vivendo cada dia como se nunca fosse perder as pessoas que amava...
amigos e familiares estariam ali para sempre...
todas as emoções que me construíram, filtro das minhas vivências e hoje minhas memórias
quase precisam de uma mágica para me levar para o começo de tudo, em cada fase vivida.
eu não sei... a memória dos sentidos pensei nunca perder, mas está muito distante do meu alcance cavoucar dentro de mim os momentos e as histórias que definem quem sou...
vou me descobrindo uma pessoa desconhecida em mim, apesar de ter sido sempre a mesma...
sei que sempre busquei o equilíbrio e a segurança... sei também que isso tudo se perde em algum momento da vida... e sei por experienciar isso...
estudando uns padrões que não quero me encaixar... acredito que como ser humano posso ir além disso tudo... do que é e já foi conhecido... por isso estamos em constante "evolução"... não é bem essa palavra que queria usar... é sempre um momento de aprender, errando ou acertando...
estou tentando me lembrar da infância... e me vem essa saudade, um cheiro de flor-de-colonia, um gosto da comida da vó, a dor das varias batidas que levei na cabeça, no braço, no peito...quando tirava água do poço e não aguentava o peso do balde cheio e a corda descia ao fundo do poço...
o calor do sol quente na cabeça... a água fresquinha do córrego... o desconforto de andar a cavalo e cair na plantação de alho e cebolas...o som da voz do meu avô... que assobiava musicas nordestinas pra mim... sua unha comprida coçando minha cabeça ... o cheiro do coentro na horta... o canto dos pássaros...
sigo aqui tentando lembrar dos meus comportamentos, pensamentos e sentimentos

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