falava-me das suas fraquezas, da fragilidade dos seus sentidos que numa sensibilidade exagerada conduzia sua vida... e numa urgência que lhe tomava as forças...ainda permitia acreditar no "verbo que é forte" e articular certezas na vida...
foi superando os incômodos como o desarranjo das flores expostas na janela (com vista para lugar nenhum) esperando a chuva cair, com medo de dormir além da conta na voz do agora...
retrucando o desejo antigo
na liberdade que acorrenta o peito ao chão da realidade
desenhada para sonhar...
viver é bom e às vezes dói
queria cópias das chaves
queria saber ir e vir
e queria saber ficar
queria o ânimo do amor
as certezas do abraço
a segurança dos olhos que veem
há uma força na fragilidade que experimenta só
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