quarta-feira, 12 de novembro de 2014

falava-me das suas fraquezas, da fragilidade dos seus sentidos que numa sensibilidade exagerada conduzia sua vida... e numa urgência que lhe tomava as forças...ainda permitia acreditar no "verbo que é forte" e articular certezas na vida...

foi superando os incômodos como o desarranjo das flores expostas na janela (com vista para lugar nenhum) esperando a chuva cair, com medo de dormir além da conta na voz do agora...

retrucando o desejo antigo
na liberdade que acorrenta o peito ao chão da realidade
desenhada para sonhar...
viver é bom e às vezes dói

queria cópias das chaves
queria saber ir e vir
e queria saber ficar
queria o ânimo do amor
as certezas do abraço
a segurança dos olhos que veem

há uma força na fragilidade que experimenta só

Nenhum comentário:

Postar um comentário