Sereno, frio,
mordendo a língua...
desenhando pausas
licença paisagem!
vou deitar meu sonho...
um sopro dobrado
no tempo...
vento febril
acalente as horas
dissolve a névoa
em algum lugar
as suas impressões
serão digitais
e de maneira concreta
não será um mistério
sem vendavais,
começo e final do dia
terão braços
abertos...
e lábios de amor
e paz...
sua fome, vai devorar
a cor das paisagens
não haverá o cinza das horas
a pontear seu caminho
o céu se abrirá
nas canções que cantar
alegrias e sonhos
serão laços e fitas
beijos e abraços
contínuos e silentes
a debochar
do vazio
estampado
no ar_gumento
da indiferença
...
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