sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Lacuna

"Tem palavras dentro de mim que não sei possuir, como os sentimentos..."


Preencho vagas num coração vagabundo
Lacunas do tempo
Perdidas nas aspas da vida
Um silêncio que não devia ser tão bem destacado em caminhos pontilhados na emoção
Não cala em mim o que quero dizer
Na mudez, os sentidos se articulam, se expandem... e se privam.
No descanso de línguas, o pensamento desenha as certezas  que tenho e firmam quereres em meu coração.
Há uma vida pontuada que busco!
Há uma aflita paixão que me abraça e dá coragem(nas pausas dá-me a mão)
Me leva a caminhos de idas (não tenho morada em teu peito!)
Sigo teus passos. E em silêncio ouço tua voz. Um peito se abre (como porta de casa). Passos apressados caminham pra fora de mim, e levam a emoção da saudade, de um abraço, de um querer sem fim.
Bens importados que nunca vão lhe pertencer, seria ousadia, não fosse o querer...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Sufoco

Essa palavra articula um sofrimento com o tamanho exato de me engolir por dentro...
Tenho um medo de não sobrar mais nada...


mas sei que ainda desenho a beleza de dentro em tudo que vejo...





















terça-feira, 22 de novembro de 2011

Momento suspenso no ar (do amar)

Sol, flores, mar, montanhas na pausa do olhar e olhar de novo...
Vento e lágrimas - música da transparência e de um silêncio em seus detalhes...
Poesia simples da vida que pede para ser sentida!

"Fotografar é colocar na mesma linha de mira, a cabeça, o olho e o coração" (Henri Cartier-Bresson)

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

(Quando Fui Chuva)



(Quando fui chuva)

"Nada do que fui me veste agora
Sou toda gota, que escorre livre pelo rosto


E só sossega quando encontra a tua boca" 
(Maria Gadú)

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

chove Primavera

Se você quer me seguir
Não é seguro
Você não quer me trancar
Num quarto escuro
Às vezes parece até
Que a gente deu um nó
Hoje eu quero sair só...

(lenine)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Não quis silenciar no dia do silêncio

Ode ao silêncio


Vesti o silêncio com teu rosto.
Na passagem das horas,
fiquei menos só;
fiquei mais triste.

Somente ao construir
a tua ausência
é que pude entender
de que consiste.

Não me importa o que tu
és ou não és,
mas o que tanto foste
e que persiste,
ornamentado o silencio.

As palavras te recriam
do fundo irretocável do passado
como uma silhueta móvel.

(Ildásio Tavares)

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Às vezes perco o horizonte
Levantam muros nos meus sonhos
Nada vejo. Um nada sinto.
Um olhar fere tanto quanto pode acalentar
A palavra não me traduz
Especialmente se você não me escutar
Tens sentidos seletivos
Num querer que nunca é o meu
Compreensível, mas tão difícil
Não caber no teu querer...
Eu inverto as prioridades
Eu me dou num ponto.
Não dá para contornar a vida
Sem preenchê-la de si mesma!
Não dá para buscar no céu
A profundidade do mar
Cada coisa e cada um têm seu lugar
Tem noites que nos dão clareza
Tem dias que falta a luz
Tem clima para quase tudo
Quando é você quem escolhe a estação
Abra os olhos e veja
Há tempos busco esse olhar:
De entrega e respeito
De carinho e de zelo
Um olhar de desejo, paixão
Um olhar que eu me veja
Sem nuvens, sem escuridão
O que me deixa triste
É não me ver em você
Parece que nem existo

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Em Pedra Bela-SP

"Vi a minha força amarrada no seu passo
Sem você não há caminho
Eu nem me acho
Eu vi um grande amor gritar dentro de mim
Como eu sonhei um dia"
(Sonhos-Peninha)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

memória do futuro…


“Meninas sem bonecas”


ouço passos de encontro a solidão dos sentidos frágeis
que cobrem seu corpo enquanto cala sua inocência;
enquanto esmagam seus sonhos antes que ainda os saiba sonhar…
vejo o peso duma culpa, abafando o grito de um apelo triste, agonizante,
escrito em letras garrafais e estampado na sua retina
sem a luz da esperança 
olhos que tocaram o espinho
bocas fechadas nos poros da pele
já não sentem seu cheiro
jaz a sombra e seus passos
caídos
marcados
perdidos
prisão dos sentidos
na estação da dúvida
na plataforma do medo
a razão comendo as sobras
da revolta e da dor
que devorou os famintos

(abril de 2009-rose rocha)

quinta-feira, 25 de agosto de 2011





"Ela une as quatro estações
Une dois caminhos num só
Sempre que eu me vejo perdido
une amigos ao meu redor"


(Ela une todas as coisas-Jorge Vercillo / Jota Maranhão)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

sensibilidade e inteligencia



O que esperas da vida?
e será que a vida te espera?

Trago o melhor sentimento
O melhor pensamento...
E o afeto, é "puro" carinho...
Afetar, no bom sentido de deixar
Impresso no peito a felicidade, a amizade... Um querer Bem!
De me relacionar, de compartilhar, interagindo
Com as ferramentas disponíveis...
Como na vida de perto onde posso te tocar com as mãos, com os olhos, com a voz...
Posso "aqui" fazer o mesmo, com outras "ferramentas"... mas ainda sou eu!
E quero te dizer, que és importante, especial... mesmo quando  não uso essas palavras.
Compartilhar a vida, as coisas boas, faz o outro experimentar um misto de sensações, e às vezes é num contato indireto (tem gente que só tem isso) que a pessoa se "toca" de viver!

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

7ª Orquivárzea de 19 a 21/08/2011




A exposição, como sempre, continua a nos surpreender, pela beleza, organização, dedicação dos envolvidos... Parabéns Prefeitura de Várzea Paulista por mais essa belíssima exposição.
De 19 a 21/08 - confiram a programação no site: http://www.varzeapaulista.sp.gov.br/orquivarzea-2011/?page_id=11

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

um choro me cala a voz
e os sentidos transpiram c'alma
experimento a explosão dos quereres
um misto de fogo e um vento de nunca mais...
nunca mais serei eu mesma
nem prá mim, nem prá ninguém
um choro me fere...
vou prá longe de mim
e numa vontade louca de você me achar
me perco nos sonhos de um talvez
a música me pede pra voltar
e eu em pausa de não querer
tem um tempo que as pessoas te cobram
mas não pagam um olhar pelo que és, sente ou vive
tem um silêncio em mim escondido dos olhares
há lugares em mim que não ouso mais visitar
a tendência é de me mudar prá lá
e levar dores comigo
e deixar dores contigo
então fico aqui
assim
volta e meia me vejo no vento de agora
num momento criado pra pensar em você
não mais em mim, como estou, pra onde vou
tudo em vão (meu pensamento)!
mas um desejo não cabe na palavra da vez
por isso
choro meu silencio
me acalmo por amar
e nesse desespero de querer
me perco, mas sempre acho você!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

o que vale é o que se sente e faz sentir

AMIZADE! O JEITO BOM DE ESPALHAR FELICIDADE!!! 
Que saibamos buscar o melhor no outro oferecendo o melhor de nós.
Desejo que seu dia seja repleto de alegria e carinho.



créditos imagem: schagas21 (photobucket)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Angel

Você é uma pessoa rara! Essa luz que vem de você ilumina também os meus caminhos! Tua poesia é um diálogo de corações! O jeito amigo, respeitoso, carinhoso como você se relaciona comigo (e com outros tantos amigos teus que por aqui e por ali vejo), o torna ainda mais especial e querido! Peço a Deus que esteja contigo em todos os momentos, te trazendo a luz da alegria, do amor, do encantamento e entusiasmo pela vida! Mesmo quando ela dá razões pra sentimos dor. Obrigada e não me canso de dizer Obrigada pela amizade tão terna que temos. Um grande abraço, meu anjo querido!

(agradecimento ao depoimento do amigo poeta Paulo)

reflexos

A arte poéticamente nos dá liberdade prá ir além de nós, da nossa própria realidade que emolduramos no cotidiano. A amizade nos abraça, nos dá suas mãos para sempre e sempre sonhar prá além do sonho dos sozinhos. Numa loucura de cores toda uma rara alegria que pode mudar uma vida num abrir e fechar de olhos.

(com. para "ARES DE LUZES (NOS CÉUS DE VAN GOGH" - Gustavo Adonias Bastos)

sexta-feira, 3 de junho de 2011

NO_TURNO

Observando a memória com seu olhar noturno
 Trocando passos escritos à mão
 E esse vai-e-vem contra mim



" observando a memória,
lanço um olhar noturno
e dou passos escritos à mão
de vai e vem, de sim de não
sem pensar muito nessa louca direção
abrindo poros…como a abrir janelas
dentro de mim…
mas necessito tuas mãos
já que caminho teus passos
dispensando um aceno, um adeus,
o choque das mãos
que nunca se tocaram"

Quando observo a memória de mim ela me acena um adeus sem fim

quarta-feira, 1 de junho de 2011



Um pouco de luz nessa vid@ 
e o resto de alegria e amor
o laço de um abraço
e a poesia da flor.
(da flor) da idade que desponta
e faz Presente de vida a tanta gente.
Sua vida ligada a tantas outras.
Num elo de amizade, carinho e respeito.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

“Não machuque os sonhos!”

In the Sun
"In the Sun" por cabodevassoura, no flickr
Os acontecimentos cotidianos algumas vezes empoeiram os sonhos, escondem sua beleza e até nos faz pensar em desacreditar...
Quando permitimos o sonho sorrir a gente o projeta para um futuro bem mais próximo e se alegra!

O que nos distanciam deles são as nossas mais “urgentes prioridades” que muitas vezes não são definidas por nós, por nosso querer, pelo que realmente importa... E saímos na vida atropelando os sonhos (e não só os nossos!) inter/ferindo em nosso desejo mais intimo e simples, desencorajando-os com nossa atitude desanimada de lutar pela vida.

Sem ânimo todo caminho é longo demais!

Direcione a vida abraçada de sonhos!

Urgente, é acreditar!

Verdade é o que você quer!

Luta é o seu maior esforço na conquista de cada sonho.

Vida é permissão de amar!

Tempo a gente leva com a gente para qualquer lugar...

Não machuque os sonhos ... Como eu!

Ao meu irmão

sábado, 14 de maio de 2011


O ser humano é um bicho-de-sete-cabeças
E, ás vezes, nenhum coração!
Revela-se em surpresas
Que não sei desembrulhar...
Dá-se em presente
Que nem sempre é de agradar

terça-feira, 3 de maio de 2011

6 anos de emoções e muitas alegrias


Hoje faço um agradecimento a Deus pelo dom da vida e do amor!

Obrigada querido Pai, por doar-se em amor para que pudéssemos experimentar a felicidade dia-a-dia..
Obrigada Senhor, por nos permitir abraçar, ver e ouvir...
Obrigada pela Preciosa Vida que nos confiou cuidar...


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Perdas

(...)Sem razão e sem entusiasmo do amor, a vida é como fumaça no vento da dor=dias cinzas!(...) Lance teu olhar de cor(um amor) para iluminar a paisagem na cidade que dorme em luto...

segunda-feira, 28 de março de 2011

... é possível sentir o amor em detalhes

Detalhes sutilmente bordam nossa vida, contornam nossa rotina e quase não damos conta deles.
Mas há um momento na vida em que se tornam muito claros, saltam aos olhos... e tudo o mais vira resto. (Restos de amor... ) O amor que abraça, que envolve, que devolve a alegria renovando o entusiasmo apaixonante pela vida, numa constância ritmada numa emoção que nos impulsiona.

Falei detalhes, porque às vezes se espera algo tão grande e arrebatador “aos olhos”... algo como um vendaval ou tempestades que não sentimos a brisa e não notamos as gotas.

O grandioso está (também) nos detalhes que são pequenas partes inteiras de sentimentalidades.
Quando a gente se permite uma pausa, um silêncio (de luz ou de som), o interior de nós se acomoda na paisagem e reflete uma vida inteira de perguntas e respostas nos seus minimos detalhes...
Não é necessário se esconder da luz. O necessário é buscar dentro de si uma fagulha desse amor que te move.

quinta-feira, 17 de março de 2011

sentidos

Ajustando a frequência...
Ritmada na emoção...
Um querer a mais...
Poros ou Espinhos...
Piscar de olhos
Pausa no tempo prá sonhar.
Comovente
Como o vento
Com o Vento!



Não há um jeito simples de dizer
Só o olhar vai levar a palavra da vez, na emoção... E talvez faça o caminho in/verso
Onde mais caberia tanto querer?
A palavra leva o gesto do abraço
O desenho eu mesma faço
Logo aqui no coração
Acredito em sintonia
Na freqüência ritmada na paixão
Pela vida, dentro e fora do peito

terça-feira, 15 de março de 2011

O tradutor

"Je sais ce que mes sens me voir"


Je pense avec mes yeux et les oreilles et les mains et les pieds et le nez et la bouche. Mais parfois, tout rationaliser ...

segunda-feira, 14 de março de 2011

Dia da Poesia "todo dia é dia de viver"

A POESIA DA VIDA É VIVER!

ONDE O CONTATO INDEPENDE DO TATO!

ONDE COMPARTILHAR NÃO É INVADIR A VIA DO OUTRO...

É POSSIVEL RESPIRAR-SE A TEMPO DE NÃO LHE ROUBAREM O AR

É POSSIVEL OLHAR-SE A TEMPO, SE INSERIR NA PAISAGEM, SEM PARAR NO TEMPO

SEM FAZER PAUSA DE VIVER O REAL...

VIVER, MESMO COM O CORAÇÃO NAS MÃOS E NÃO ASFIXIAR O AMOR.

UMA POESIA - UM JEITO SIMPLES - DE DESENHAR O SENTIMENTO - COM TODOS OU ALGUM SENTIDO...

quinta-feira, 3 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

latas de conserva

Para conservar bons relacionamentos
 
É preciso curti-los

O bom humor, o respeito e atenção

São ótimos temperos da harmonia

Quando se abre a lata é possível

Mesmo a distância, sentir o aroma

Que se espera, seja agradável

Se não tens intenção de provar,

Apreciar os temperos que dá sabor à conserva,

Não violes o lacre, não retire sua segurança

Nem a tire do seu lugar para desprezá-la

Deixando noutra prateleira

Não a deixe exposta… são tentativas de estragá-la

Deves deixá-la livre de contaminação para que

Não pereça, nem ela, nem quem dela se servir

Diferente das latas de conserva, que uma vez abertas

Vai se perdendo a qualidade tendo reduzido a validade,

Quando alguém abre o peito, te oferece seu coração,

o melhor, para que possas, sem medo, experimentar

o sabor, saber o gosto da vida, provar o seu tempero,

uma fonte inesgotável de amor, de querer bem,

de amizade transborda e nunca perde o seu valor,

nem desmerece teu “paladar”, teu querer…

antes oferece a ti o mais puro, que guardou intacto…

livre da contaminação imunda que até o vento carrega

Se você pensa que está arrancando ou recebendo

Todo o amor que nele há, não se engane, porque ele não se esvazia

Ainda guarda sua essência…

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

O dia era do silêncio

Ode ao silêncio

Vesti o silêncio com teu rosto.


Na passagem das horas,
fiquei menos só;
fiquei mais triste.


Somente ao construir
a tua ausência
é que pude entender
de que consiste.


Não me importa o que tu
és ou não és,
mas o que tanto foste
e que persiste,


ornamentado o silencio.


As palavras te recriam
do fundo irretocável do passado
como uma silhueta móvel.

(Ildásio Tavares)