Ode ao silêncio
Vesti o silêncio com teu rosto.
Na passagem das horas,
fiquei menos só;
fiquei mais triste.
Somente ao construir
a tua ausência
é que pude entender
de que consiste.
Não me importa o que tu
és ou não és,
mas o que tanto foste
e que persiste,
ornamentado o silencio.
As palavras te recriam
do fundo irretocável do passado
como uma silhueta móvel.
(Ildásio Tavares)
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