neste momento sente tristeza, como que abatida e derrotada...
todo sentimento que a envolve tem a dor, a raiva e o medo...
isso ocorre em momentos que não é ouvida, que não se sente valorizada, quando a emudecem, impulsivamente e instantaneamente quando se manifesta em desacordo com o esperado...
é desafiada a submeter-se o tempo todo contrariada... a esforçar-se por agradar os outros, fazendo suas vontades, no seu tempo, como se houvesse um dono do tempo... difícil equilibrar-se, sem se sentir sufocada ou pressionada a ser perfeita... e como se tudo que pedisse fosse um absurdo, como se não tivesse direitos...
não se enxergar pertencida a um colo: é triste!
não caber no abraço: desconfortável!
não ser digna de ternura: assombroso!
pensa assim: não caber; não estar a altura; nem com toda utilidade ser útil!
seus julgamentos, são (deveras) injustos... é um jeito de existir no mundo de contrariedades.
são tantas necessidades insatisfeitas que é duro de admitir os sentimentos que produzem ali dentro
todos os exageros estão justificados? pode transformar-se sem esperar algo do outro?
dá para calar, suspendendo as dores e debruçando em alguma alegria que a faça reagir positivamente a dar o primeiro e o segundo passo inteira, sem depender do colo e de outros braços (ora cruzados)?
é urgente decidir com valentia e compaixão. dar o passo firme, confiante e com calma, sem pressa, sem ir longe... apenas estar inteira, consciente em cada passo... e de olhos abertos apreciar as belezas do caminho... e saber-se bela na paisagem...
sobre um tempo de ser e estar no outro e em você
sobre organizar sua bagunça sem bagunçar o outro
sobre desalojar alguns sentimentos
sobre abrigar amor e alegria
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