segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Às vezes perco o horizonte
Levantam muros nos meus sonhos
Nada vejo. Um nada sinto.
Um olhar fere tanto quanto pode acalentar
A palavra não me traduz
Especialmente se você não me escutar
Tens sentidos seletivos
Num querer que nunca é o meu
Compreensível, mas tão difícil
Não caber no teu querer...
Eu inverto as prioridades
Eu me dou num ponto.
Não dá para contornar a vida
Sem preenchê-la de si mesma!
Não dá para buscar no céu
A profundidade do mar
Cada coisa e cada um têm seu lugar
Tem noites que nos dão clareza
Tem dias que falta a luz
Tem clima para quase tudo
Quando é você quem escolhe a estação
Abra os olhos e veja
Há tempos busco esse olhar:
De entrega e respeito
De carinho e de zelo
Um olhar de desejo, paixão
Um olhar que eu me veja
Sem nuvens, sem escuridão
O que me deixa triste
É não me ver em você
Parece que nem existo

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Em Pedra Bela-SP

"Vi a minha força amarrada no seu passo
Sem você não há caminho
Eu nem me acho
Eu vi um grande amor gritar dentro de mim
Como eu sonhei um dia"
(Sonhos-Peninha)

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

memória do futuro…


“Meninas sem bonecas”


ouço passos de encontro a solidão dos sentidos frágeis
que cobrem seu corpo enquanto cala sua inocência;
enquanto esmagam seus sonhos antes que ainda os saiba sonhar…
vejo o peso duma culpa, abafando o grito de um apelo triste, agonizante,
escrito em letras garrafais e estampado na sua retina
sem a luz da esperança 
olhos que tocaram o espinho
bocas fechadas nos poros da pele
já não sentem seu cheiro
jaz a sombra e seus passos
caídos
marcados
perdidos
prisão dos sentidos
na estação da dúvida
na plataforma do medo
a razão comendo as sobras
da revolta e da dor
que devorou os famintos

(abril de 2009-rose rocha)