quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Lambida de ventania


“Trevas entre estrelas”...



Lambida de ventania


Caindo cá prá dentro à procura de risos e memórias coloridas e belas que ajude a retirar a nódoa do tempo da dor, para reagir ao silêncio das estrelas (brilho rápido de felicidade; seta de “quase amor”). Esse silêncio do ar que se dá em breves relâmpagos... Sinaliza que sou real-fantasia, detalhou-me na alegria de querer bem. Deu importância a uma pequenina e bem simples estrela de papel sem cor, que dorme nas folhas da roseira(ao sabor do vento), onde ainda é cedo para acordar do sonho que sonhou prá si. Ela, talvez fosse uma partícula minúscula do torrão de terra onde a lágrima caiu e nem prá lama serviu...


A calma é uma estrela distante... Espelha um sentir intacto. Não sei reunir força que o contrarie. Nem quero!


A memória não falha! E mesmo que doa, ainda agradeço por tê-la... É que de repente ela é ventania, furacão... Na escuridão, na madrugada, arma-se em temporal. E um mar deságua num rio de saudade, me virando do avesso... “e o desespero varre meu coração” que fica triste e se fecha no peito inundado, cansado, sem forças para cantar o amor que guarda.


Há uma voz que já não sai do ouvido... E ainda é preciso dizer “te amo”... E é preciso mostrar um peito...(despido do medo)


Teu rastro me conduz. Sem ele, não me acho outro saída... Logo eu? Perdida! Aonde você for, eu vou. Não vá embora!


Desenho um sorriso, que não me deixa contente.


Não há consolo! Então, fecho a porta. Digo adeus antes de alguém chamar.


O silêncio ecoa ausências (cheio de dor).


E ainda preciso cantar que estou aqui. Que és em mim. E que o amor não é satisfeito, seja como for...


Assim meio calmo, ás vezes exagerado...


É estranho esse jeito menino-grão de amor que vive a brotar, nos segundos e nos detalhes de tanto querer. As folhas secam e caem. E ele, a renovar-se, desesperadamente, para não se perder de viver... Enfrentando tempestades.



Rose Rocha

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