quinta-feira, 15 de julho de 2010



Ainda bem que eu te vi!
Tatear palavras não tem revelado o som
tampouco a textura da memória...
Ainda bem que eu te vi!
Escutar os sonhos não decifra a alma,
ao contrário, a envolve num mistério sem fim.
Ainda bem que eu te vi.
Esse cheiro que vem lá do jardim
não me põe na cena (nem flor, nem espinho)
é só uma saudade que ensina
onde não estou e onde não estarás
Ainda bem que eu te vi
Passear por aí te fez carregar o pó das estrelas
Mas o real é barro!
Não nuvem. Não céu.
Algumas vezes, a estrada fez a curva de não saber a direção
E o que eu vi era só uma miragem
dum coração sonhador que apanha/dor nas esquinas
e pensa carregar o mundo sozinha...

Nenhum comentário:

Postar um comentário