Prá que adiar!
Um adeus me conta coisas que não pedi prá ouvir, nunca quis escutar.
Por isso me manda sinais, me desenha dores num corpo febril, já que não escuto os sentidos, fica cada vez mais óbvio, o que não quero enxergar…
e sempre me agarro num sonho (e fujo dele) toda vez que me tráz tristeza…. não dá p’ra montar quebra-cabeça dum faz de conta no meu dia-a-dia… não dá p’ra fingir indiferença se é na vida minha o "dedo do vento"…
Eu não finjo nada!
E…só não quero fazer a leitura da alma e dum coração palpitante de dor, não quero me tornar nisso "um hábito" de horror, onde nada importa, nem meu sonho de amor…
Se o guardo no peito é que ainda é seguro
Se me importo, é que ainda sou gente
Se choro é que ainda sei "sou pequena" e isso é especial
Se te sinto é que não sou indiferente, tenho uma brasa no peito que sente até o sopro do ar que acabou, sinto o cheiro da flor que morreu, mas sinto também a força do amor que venceu!
A dor que me fortaleceu! A alegria de viver cada dia, de em cada sonho acreditar.
Sinto a vida no meu dia-a-dia…
O que me dói é ver que alguém quer para o dia, escuridão...
cega os olhos p’ro amor (porque define o amor na tristeza), em nada vê beleza, inveja o outro, alimenta o rancor, destrói a vida...
e isso é a maior dor: andar na contramão da vida e do amor!
Prá que adiar a vida? Se hoje ela é seu presente.
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