quarta-feira, 22 de abril de 2009

sexta-feira, 17 de abril de 2009

FORA DO AR


Fora do ar, da terra,

longe

bem longe do mar…

no silêncio

entre uma batida e outra

do coração.

ECOA E DÓI

Prá que adiar!
Um adeus me conta coisas que não pedi prá ouvir, nunca quis escutar.
Por isso me manda sinais, me desenha dores num corpo febril, já que não escuto os sentidos, fica cada vez mais óbvio, o que não quero enxergar…
e sempre me agarro num sonho (e fujo dele) toda vez que me tráz tristeza…. não dá p’ra montar quebra-cabeça dum faz de conta no meu dia-a-dia… não dá p’ra fingir indiferença se é na vida minha o "dedo do vento"…
Eu não finjo nada!
E…só não quero fazer a leitura da alma e dum coração palpitante de dor, não quero me tornar nisso "um hábito" de horror, onde nada importa, nem meu sonho de amor…
Se o guardo no peito é que ainda é seguro
Se me importo, é que ainda sou gente
Se choro é que ainda sei "sou pequena" e isso é especial
Se te sinto é que não sou indiferente, tenho uma brasa no peito que sente até o sopro do ar que acabou, sinto o cheiro da flor que morreu, mas sinto também a força do amor que venceu!
A dor que me fortaleceu! A alegria de viver cada dia, de em cada sonho acreditar.
Sinto a vida no meu dia-a-dia…
O que me dói é ver que alguém quer para o dia, escuridão...
cega os olhos p’ro amor (porque define o amor na tristeza), em nada vê beleza, inveja o outro, alimenta o rancor, destrói a vida...
e isso é a maior dor: andar na contramão da vida e do amor!
Prá que adiar a vida? Se hoje ela é seu presente.

Pulsante,

é o amor que fica prá toda vida
que alimenta a nossa história
que satisfaz a nossa memóra
a todo tempo de ternura
que ousamos acrescentar
na familia, em nosso lar…

HOJE EU SÓ PRECISO...


do seu carinho e atenção
sua mão na minha, assim,
como você em meu coração
a lua encantando meus sonhos
o sol dando a direção, de ir e vir
pensamentos sem razão!?
sentimentos sem sentido!?
dentro e fora,
agressão
voa sonho fugitivo

AMOR AUSENTE

um vazio tão cheio de nós
de nossos sonhos e vontades
vivemos a saudade numa dor
que é verdadeira e dói
ao sentir um amor ausente
tão presente em nós
que não nos deixa esquecer,
que não tráz alegria
que não ensina a viver
quando nasce um amor ausente
a vida tá me ensinando a morrer,
e eu!?
Eu não quero!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Tristes Ais

silêncio de luz é escuridão
é que não sei te esconder
da iris,
da carne,
do sopro
de mim

sobre a tristeza poética

que invade o coração da gente e… dói.

Li, reli, e não aguentei tive de lavar a alma! Esses Poetas que sabem como tocar no coração da gente, e expõe o sentimento como uma ferida aberta e sangrando o tempo todo, sem alívio algum… e isso impressiona!
Fico pedindo a Deus que a dor, a tristeza que encharca a poesia possa estar somente nos versos e não mais no peito do poeta. Que ao adorná-la com belos versos, possam se sentir libertos de tanto sofrimento, que não sintam na vida que lhes falta amor, que nunca desistam de amar, porque é o amor e não a dor que move o mundo. Cada gota de amor absorvido, num gesto, num olhar, é capaz de curar mil feridas, e a ternura da amizade (que é por amor) possa acalentar os corações e harmonizar o canto forte, do pulso, da pausa, da música que corre nas veias que latejam todo sentimento…


terça-feira, 14 de abril de 2009

Noturno

"Observando a memória com seu olhar noturno
Trocando passos escritos à mão
E esse vai-e-vem contra mim"



" observando a memória,
lanço um olhar noturno
e dou passos escritos à mão
de vai e vem, de sim de não
sem pensar muito nessa louca direção
abrindo poros…tentei abrir janelas
dentro de mim…
mas necessito tuas mãos
já que caminho teus passos
dispensando um aceno, um adeus,
o choque das mãos
que nunca se tocaram"

Quando observo a memória de mim ela me acena um adeus sem fim

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Deixando o ar me respirar


Um beijo ao ar que me respira
E a fome que devora meus sentidos
Uma dieta de sonhos


Para acordar os meus instintos
Trancando as janelas nas noites frias
Puxando a cortina dessa cega luz


Um abraço ao mar que veio invadir minha praia
(Levar-me inteira num grão/areia)
E para ilha me mandou seguir


(...) Ainda toco o céu com as mãos
Na folha que me cabe,
guardei sementes de mim


Quando a chuva me lavar
e o vento soprar minhas mudas
vou dobrar no tempo

...
Foto: Poetisa Maria