quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Chão batido

Não rasteja, voa alto ou na roseira
Pousa assim sem querer nada
Fita teus olhos,
Come teu cheiro
Beija teu gosto
Na delicadeza de te sonhar
De te querer, de te buscar
Te deixa saltar a janela
Abrindo os porões
Da noite encantada
Pontuada de emoção
Por te saber estrela
Te sentir na imensidão
Um sinal de amor
Que te leva sempre
Numa direção que não é a minha
Mas que caminha na estrada de me levar
De me fazer voar
Mesmo que eu sinta medo
Que me faz pequena
Vou molhar tua sombra na água
Vou pisar nas poças, encharcar
Minha vida de você


(Pequena-27/10/08)

Zona proibida

O coração sempre esteve no lugar certo!
Os pés é que não sabem pisar.
As mãos não alcançam o abraço.
O peito não sabe gritar.
A cabeça se mudou para as nuvens
e o vento soprou as folhas do pensamento
e os sonhos viraram cimento...

(Sentidos 2/12/2008)

A culpa é de quem?

O descuido com a vida é notório no cotidiano...
A imagem violenta é estampada instantâneamente, mesmo em tons de cinza, e as emoções se misturam a sensação de desrespeito, que pune a inocência, a verdade, o correto, em breves relatos de transferência da culpa que se usa como justificativa para tudo que for conveniente naquele momento... e mesmo que debatamos o assunto, saibamos onde erramos e onde erram áqueles, parece que temos algemas nas mãos e (eles) grades nos olhos... E a liberdade (que sempre esbarra nos limites) dá um jeito trágico para quem anda na contramão do que é viver...
Pareço pessimista?