quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018



escrevo fotografias

desenho cartas

durmo o sonho

canto o silêncio

e a música escorre dos olhos

a fome devora os sentidos

os olhos ainda devoram horizontes

tem algo ainda muito certo em mim

Questão de pele

quando você me diz que se importa com a cor da tela
por não ser a cor do papel que você usa, que você gosta
quando se importa, fere e é ferida
tanto faz se você olha a pedra e vê pedra
se olha a tela e vê vidro (embaçado? transparente? preto?)
se desligue do que te incomoda
quando não sabe outro meio de de resolver seu problema
de cor.... eu já sei de cór, de cor e de coração...
para quando a cor for ação, sem dizer uma palavra.


não é questão de alma, de espirito, de sentimento, de dor, de morte...
não é um grito, uma faca, uma lança, um castigo, uma vontade de ofender
sei muito mais o que não é
ás vezes só escolho não dizer

a gente precisa ter coragem para calar no fundo...
é difícil conter o que nasceu para transbordar...

não há tristeza alguma impressa
não há escuridão ameaçadora
não há esconderijo que dê guarida

é só abrir os olhos e vai ver
está em todo lugar
e cada hora comunica algo importante

testando mudar as cores... para trazer a paz?
a paz que vem daqui não muda de cor
ela é o que é

28/02/2018 12:51