quinta-feira, 22 de outubro de 2015

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Minhas palavras, um sussurro - sua surdez, um grito! (Jethro Tull)

da escuta e da fala


falava do tempo... e  há muita espera nas horas ... e elas passam ... distraem-se com o vento na testa,
com o cheiro do café coado, com a prosa das maritacas.
falava do tempo que há para perder
pensava que fosse para estar junto a contemplar os cheiros das manhãs
a brisa e a chuva que cai a tarde...
emudecia...na boca a  língua; no peito a chama; nos olhos as preces; nas mãos as linhas e o tempo que foi... aos pés, caminhos!
a diante, um céu para chão da flor

LUZ E ESSÊNCIA


A vida por trás do mistério

Ávida para ser sentida

Em todas as camadas

No sol que queima a pele

No vento que desmancha o cabelo

No pequeno momento verdadeiro

No olho que brilha

E anuncia que há alma

Na hora mais calma

Tudo é agora

Sábia poetisa é a existência

Luz e essência

Do humano coração...


(Gustavo Adonias)
*poesia registrada na Biblioteca Nacional*

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

um pouco de chão



sobre compor-se diante de tudo que te faz cair
sobre abrir os olhos e não conter... os sonhos, que escorrem, numa tentativa de adubar o chão
de talvez reanimar-se...
como se faz as contas das horas de valia... mesmo aquelas que fugiram de nosso tempo (?)
como permitir que te roubem o perfume, o brilho... o oxigênio (?)
como faz quando olha no espelho e o que se vê é muito estranho (?)


as coisas, o tempo...



























"...que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós."

(Manoel de Barros)



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

terça-feira, 13 de outubro de 2015

à míngua





tenho conversado com a mudez das horas... em telas que colorem e agiganta o vazio... onde mora o medo... onde grita alguma dor, às vezes... tento ouvir a voz da consciência que esparrama realidade como enxurrada no meu parco horizonte...aos poucos abro os olhos, cada dia, na expectativa de alguma luz nas frestas dos pensamentos que se fazem novelos e nós... há dias que converso palavras mudas... quietas... porque dói dizer... à espera da cura

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

oferecimento



Conheço poucas pessoas é certo. Mas as que conheço penso que conheço bem.

"Mãos de Poemas" assim é você!

Todo o pensamento e o querer são poemas quando oferecidos por você.

(...) a razão que existe nem sempre cabe na emoção de algumas poucas palavras que ouso escrever. Então... fico apreciando na maioria das vezes em silêncio. Silêncio de palavras, não de sentimentos... porque ao ler-te a emoção nunca cala minha Amiga... Houve um tempo em que a emoção me motivava mais, confesso... desculpe... ando prisioneira de nós... pequena demais para os versos...talvez seja um daqueles tempos em que colhemos vazios, não sei bem... ainda não sei muita coisa... isso às vezes me angustia demais... fico a pensar os seus poemas dizem tanto do que eu poderia dizer... e o tempo passa... os sentidos gritam... mas você que tem boas mãos de poemas... sempre abertas, na doação e também na espera, entrega a vida com tanto sentimento e tanta beleza...

Continue a colorir a vida com o varal dos poemas (nossos sentimentos expostos na paisagem do mundo).

Força Sempre! No verso da vida, do amor! 

(para mãos de poemas-Maria)

sexta-feira, 2 de outubro de 2015