Na sombra
da espera...
deitei meus
olhos
Resido num
sonho
atrás de
janelas e portas
(que se
fecham ao sabor do vento)
quando a
noite não dorme
e o dia
também não chega
e a palavra que
surge da
escuridão
me cala o
querer
costurando-o
no tempo
com a agulha
do agora
que passa
entre os dedos
me aponta
caminhos
se fere, me
leva
sigo
estancando o sangue
que vez ou
outra
detalha uma dor.
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"Houve o tempo do sonho. No
escuro das noites, todos sonharam palavras.
Houve o tempo do acordar. Na luz
das manhãs, todos acordaram palavras.
Depois veio a coragem de
presentear. Em cartas lacradas viajaram secretas palavras".
(Bartolomeu Campos Queirós)
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